Numa nota divulgada pelo Movimento Independentista de Cabinda que a Rádio Luso Americana teve aceso, Carlos Vemba, líder daquela organização, considera que a data de 28 de Maio de 1956 assinalado 67 anos neste domingo, corresponde a unificação Administrativa, protagonizada por Portugal pelo Decreto Lei nº 2757, de 28 de Maio de 1956 e não a data de ascensão a categoria de cidade de Cabinda como o regime angolano tem vindo a propalar.
Portanto, o antigo Protetorado de Portugal (Cabinda), ficou sujeito à aplicação de um regime de Gestão Político-administrativo semelhante àquele aplicado nos territórios das ex-colónias da África Equatorial Francesa (AEF), África Ocidental Francesa (AOF) e a África Ocidental Inglesa (AOI), que administraram ou aglutinaram um ou mais territórios numa mesma administração, isto é, dependendo de um único Governador-geral, e, neste contexto Cabinda e Angola dependiam do mesmo governador-geral que residia em Luanda. Importa realçar que essa unificação, era apenas de ordem administrativa e a mesma não tinha alterado o Estatuto jurídico-constitucional de Cabinda como território não-autónomo do ultramar português, tal como consta na Constituição Portuguesa de 1933 e da Resolução 1542, da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Infelizmente, após a invasão e anexação ilegal de Cabinda à Angola, o Estado Neo-colonizador tem vindo a tapear e destorcer a verdade histórica das datas coloniais do nosso sagrado torrão, e, o povo é engodado com atividades recreativas por não conhecer a verdade.
O regime angolano pode mentir muitos cabindeses por muito tempo mas, jamais mentirá todos para sempre. Ora, para nos livrarmos do jugo angolano, teremos de levar a Cruz ao calvário, porque nós ostentamos uma identidade alheia e não podemos nos conformar com isso, porque a libertação de um povo é um processo e exige de nós paciência, concluiu.
Quem também se pronunciou sobre essa data dita da Cidade de Cabinda é o Padre Raul Tati que lamentou pelo facto daquela que a 67 anos se chamou Vila Amélia hoje Cidade de Cabinda ter-se degradado e transformado por uma grande sanzala sem condições de habitabilidade do ponto de vista de ordenamento urbanístico, uma cidade desordenada e sem saneamento básico, demonstrando total incapacidade de quem governa. Por fim, Raul Tati antigo deputado da UNITA concluiu chamando atenção daqueles que qualificou de novos colonizadores, que façam o seu papel para que Cabinda seja considerada uma Cidade digna para se viver.