O dia 25 de Maio é o dia de África, porque foi neste data que nasceu a Organização da
unidade Africana (OUA), este organismo, criado em 1963, foi substituído em 2002 por União Africana (UA). Foi uma instituição com objetivos semelhantes a da União Europeia.
A OUA, foi fundada a 25 de Maio de 1963, em ADIS ABEBA na Etiópia, por trinta chefes de estado e de Governo Africanos, com o objetivo de defender a independência dos países Africanos colonizados, lutar contra o colonialismo e o neocolonialismo, promover a paz e a solidariedade entre os países Africanos.
A defesa dos interesses sociais, políticos e econômicos dos Estados membros e dos restantes países Africanos também faziam parte dos seus propósitos.
A substituição da OUA por UA, teve como ponto de partida o desajustamento de alguns dos seus objetivos, como o da defesa da independência dos países Africanos colonizados e da Lusofonia, a luta contra toda e qualquer manifestação de colonialismo ou de neocolonialismo face ao actual contexto histórico-político dos seus estados membros.
Hoje se comemora o 60° aniversário da criação da organização da unidade Africana, que desempenhou um papel importante no contexto da luta Colonial, especialmente quando criou o Comitê de Libertação, cujo objectivo era apoiar os movimentos de Libertação na luta pela independência dos países Africanos.
O grande erro cometido pela OUA, consiste no facto de não ter criado uma África econômica forte nem impedir os constantes golpes de Estado que assolam o continente africano, estes dois e outros fatores contribuiram para o fracasso e substituição da OUA por União Africana em 2002 em Durban África do Sul.
A maior inquietação da FCC, não é o comportamento do Governo do MPLA sobre Cabinda, mas sim, é o silêncio da União Africana e a comunidade internacional, pelo facto de Cabinda não ser só o petróleo. É antes e acima de tudo um povo, com direito à vida e ao usufruto dos seus recursos naturais.
A União Africana tem efetivamente a tarefa mais difícil, porque terá que libertar o continente Africano do neocolonialismo político e econômico do Ocidente que com vista a globalização pretende controlar os processos políticos e sociais do continente Africano.
Para o ex-presidente da Líbia Kadaf a União Africana tinha que preencher as lacunas deixadas pela OUA, no sentido de criar uma moeda única (para que os Africanos pudessem determinar o preço dos seus produtos).
A criação de um tribunal de arbitragem para que possamos nos julgar pelos nossos crimes sem a ingerência do tribunal penal internacional.
A criação de uma zona de livre comércio a fim de permitir a circulação de pessoas e bens.
Cabinda, aos 25 de Maio de 2023.
P'la Secretário dos assuntos políticos e jurídicos.