O Líder do movimento dos Democratas de Cabinda Jorge Lima Muanda, afirmou numa entrevista à TV União que o governo do MPLA é um dos governos mais corruptos e sangrentos que a África e o mundo conheceram desde a retirada dos Europeus em África, para Jorge Lima, o povo de Cabinda está a pagar um sacrifício enorme como preço da sua liberdade.
"O MPLA tem contas a ajustar com o povo angolano e com o povo de Cabinda, desde a revolução que culminou com a libertação da África, sempre usou a força para reprimir os povos, a guerra civil ocorrida em Angola entre o MPLA e a UNITA movimentos Independentistas de Angola, irmãos da mesma terra, ceifou vidas de muitos angolanos inocentes por falta da cultura de Diálogo, hoje o mesmo se repete em Cabinda. Estamos a pagar por todas as amarguras que os angolanos passaram na expulsão dos portugueses, o MPLA esqueceu que a libertação de Angola não dependeu apenas daquele movimento, mas sim de mais agremiações políticas e militares angolanas que combatiam militarmente contra o colono português, por sua vez em Cabinda havia também a FLEC, uma formação política e militar que combatia contra os portugueses e hoje combate contra o MPLA".
O Líder dos Democratas Liberais de Cabinda, acusou ainda João Lourenço, Presidente de Angola e Líder do MPLA de ser o Presidente mais radical que o povo de Cabinda conheceu na história do neocolonialismo angolano, ocupou cargos de grande escala no MPLA e no Governo sendo os mais relevantes o de Presidente da Assembleia Nacional e Ministro da Defesa, o que implica sua participação em todas manobras políticas e militares que Angola tem levado a cabo em Cabinda.
Cabinda sente-se abandonada pelo governo português, sendo o País que assinou 3 Tratados que colocaram Cabinda sob sua proteção, facto que foi reconhecido na conferência de Berlim. Sendo protetorado português, Cabinda tem questionado o silêncio daquele país europeu que em vez de devolver o povo de Cabinda aos Cabindas, colocou-o contra Angola numa guerra que perdura até hoje.
O povo de Cabinda esta firme, entende que estamos numa luta pacífica que parece estar estagnada, mas não, não pensam que acabaram com os nossos direitos, as nossas ambições pela liberdade hão de manter para sempre. Caso o MPLA continuar a apostar na guerra, a luta pacifica não será a única alternativa porque Cabinda é nossa terra e nossa pátria, vamos libertar o nosso povo, a independência é o nosso alvo a atingir, alertou o líder daquela organização política de Cabinda.
Por Jorge Lima Muanda