A Resistência cabindesa celebra mais uma libertação de um dos seus combatentes, depois de aproximadamente 20 anos de detenção, desta vez, pelas autoridades norte-americanas.
Artur Tchibassa foi raptado em Kinshasa pelos serviços de inteligência americanos e condenado a 24 anos de prisão, pena que estava a cumprir nos Estados Unidos. Esse incidente ocorreu na sequência do rapto, pela Flec-Renovada, do cidadão norte-americano, Brent Swan, que será libertado dois meses depois.
Mas todos nós sabemos que Artur Tchibassa não foi o autor principal desse lamentável ato, tendo os verdadeiros responsáveis beneficiado da proteção do governo angolano. Com isso, pode se dizer que o Estado Norte-americano não foi justo, ao condenar injustamente Artur Tchibassa, ao invés dos verdadeiros culpados.
Não podemos, no entanto, esquecer de mencionar que, no fundo, o verdadeiro responsável de tudo isso é o governo angolano, que insiste apostar na guerra, em detrimento do diálogo, pondo em risco a sua própria população e os estrangeiros que vivem e trabalham em Cabinda.
Esse tipo de situações deve interpelar a consciência da humanidade. Pois, se o rapto do Brent Swan foi um ato desumano, a condenação injusta de um inocente também o é.
O Alto Conselho de Cabinda defende que a melhor forma de acabar com esse tipo de infortúnios é a implicação do mundo livre no sentido de contribuir para a resolução do conflito político-militar, que perdura naquele território a quase meio século.
Aos 3 de Maio de 2023.
Pastor Afonso Justino Waco
Coordenador da Comissão pelas questões Políticas, Organização e Porta-voz